Na mesma escola, nas mesmas salas de aulas e com os mesmos professores convivem os mais diversos perfis de alunos. A base é a que toda criança tem o direito de acesso à melhor educação existente naquele bairro, naquela cidade. Trata-se da equiparação das oportunidades entre aqueles que sempre foram excluídos e aqueles que se incluem naturalmente no sistema educacional comum.
Os defensores da educação especial nas escolas acreditam que toda criança é especial e única. E que os professores devem estar preparados para atender à necessidade especial de cada aluno. Diversidade é algo fundamental para uma sociedade realmente democrática. Ou seja, diferenças existem e devem ser aceitas e respeitadas sempre e em qualquer lugar.
Mas há também uma linha contrária à educação especial inclusiva. Muitos especialistas alegam que, hoje, as escolas não conseguem nem atender à demanda comum e que o resultado são salas de aula sempre superlotadas e baixa qualidade de ensino. Como os professores conseguirão dar conta de atividades de educação especial, além das tradicionais? Há uma preocupação tanto em não atender do modo devido à criança especial, como não atender suficientemente aos demais. Alega-se que, para atender uma criança especial, é necessário um preparo também especializado.
Não há como negar que os sistemas educacionais têm de mudar para poder responder a essas necessidades. As atividades de educação especial inclusiva não serão as mesmas para uma educação comum. Um exemplo é o ensino de informática. Criatividade, tecnologia e muita pesquisa são parte da solução. Mouses e monitores adaptados, softwares, hardwares e games ajudam, e muito, no acesso do deficiente à informática na educação especial. Esse aprendizado eficiente possibilita maior poder de comunicação, integração, independência, qualidade de vida e inclusão.
Legislação sobre educação especial
A discussão sobre a inclusão educacional vem crescendo no mundo inteiro e teve início nos anos 90. A Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, na Espanha, teve grande responsabilidade em impulsionar a educação inclusiva em diversos países. Durante o evento foi elaborada a Declaração de Salamanca, que trata dos princípios, política e prática em educação especial. A resolução determina que todas as escolas devem acolher a todas as crianças, independentemente de suas limitações físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras.
O debate sobre educação especial no Brasil ganhou força também nesta época, quando foi criada, inclusive, uma legislação para educação especial. A Lei de Diretrizes e Bases Nacionais da Educação (9.394/96), de 1996, reserva artigos para o tema, o que reafirma o direito constitucional de educação pública e gratuita aos deficientes.
Mesmo assim, a maioria das crianças com necessidades especiais ainda está fora do sistema tradicional de ensino. Muitas estão em escolas específicas para crianças deficientes. Outras tantas estão simplesmente sem acesso à educação de qualidade.
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