MITOS DA EDUCAÇÃO
- Para ser um bom professor é preciso ter dom e vocação
Por que é um mito A docência não é uma capacidade inata, e sim uma carreira que, como outras, pressupõe esforço pessoal e formação que possibilitem o domínio de aspectos teóricos e práticos ligados à aprendizagem.
Por que derrubá-lo Um dos grandes desafios do país é a revalorização da carreira docente - com bons salários e condições de trabalho dignas para os educadores. Para que isso ocorra, é necessário que todos tenham acesso à formação inicial e continuada de qualidade. Só com estudos constantes, planejamento e dedicação, é possível ser um bom professor, ou seja, ensinar todos os estudantes.
Por que derrubá-lo Um dos grandes desafios do país é a revalorização da carreira docente - com bons salários e condições de trabalho dignas para os educadores. Para que isso ocorra, é necessário que todos tenham acesso à formação inicial e continuada de qualidade. Só com estudos constantes, planejamento e dedicação, é possível ser um bom professor, ou seja, ensinar todos os estudantes.
- A função mais importante da escola é formar cidadãos
Por que é um mito Não se pode desvalorizar a cultura escolar propriamente dita para dar mais importância a dimensões extracurriculares.
Por que derrubá-lo Não há como ser contra oferecer uma Educação integral aos estudantes e ensiná-los para a cidadania - ideia que começou a chegar à escola no fim do século 19. Nos últimos anos, inúmeros temas foram incorporados desenfreadamente ao currículo com esse objetivo. Porém isso não pode tomar mais tempo e energia dos professores do que atividades básicas, como a alfabetização e o ensino dos conteúdos de cada uma das disciplinas. Para dar conta dessa formação tão ampla, a articulação é o caminho. Outras instituições além da escola - como espaços culturais e asssociações comunitárias - podem contribuir com a aprendizagem de aspectos relacionados à cidadania e à cultura.
Por que derrubá-lo Não há como ser contra oferecer uma Educação integral aos estudantes e ensiná-los para a cidadania - ideia que começou a chegar à escola no fim do século 19. Nos últimos anos, inúmeros temas foram incorporados desenfreadamente ao currículo com esse objetivo. Porém isso não pode tomar mais tempo e energia dos professores do que atividades básicas, como a alfabetização e o ensino dos conteúdos de cada uma das disciplinas. Para dar conta dessa formação tão ampla, a articulação é o caminho. Outras instituições além da escola - como espaços culturais e asssociações comunitárias - podem contribuir com a aprendizagem de aspectos relacionados à cidadania e à cultura.
"As aprendizagens escolares são uma condição fundamental da cidadania. Ninguém é cidadão, de corpo inteiro, se não conhecer a língua e a história, a matemática e as ciências, a filosofia e as artes."
António Nóvoa, educador português e reitor da Universidade de Lisboa.
- Criança pobre não aprende
Por que é um mito Todos podem aprender, independentemente de sua condição socioeconômica.
Por que derrubá-lo A ideia de que crianças das camadas mais pobres não avançam nos estudos é fruto de um déficit histórico do país com a Educação. Somente na década de 1990, o Brasil conseguiu ultrapassar a marca de 90% da população de 7 a 14 anos no Ensino Fundamental - hoje esse índice é de 97,6%. Isso possibilitou a inclusão na escola de milhares de crianças, cujos pais, em sua maioria, estiveram fora do sistema de ensino. Muitas chegaram - e ainda chegam - às salas de aula sem nunca ter tido acesso a livros, revistas e jornais, por exemplo. Esses, no entanto, não são motivos para que haja dificuldades na compreensão dos conteúdos. Se o país avançou na ampliação do acesso e estudar é um direito universal, cabe agora ao sistema oferecer um ensino de qualidade, garantindo a permanência de todos nas salas de aula. A solução é permitir que cada estudante avance do ponto em que está. Ao fim da Educação Básica, espera-se que todos tenham as mesmas oportunidades, independentemente de seu contexto econômico e social. Para que isso ocorra, vários fatores são essenciais: formação inicial e continuada de qualidade para a equipe escolar, infraestrutura, um currículo coerente com a realidade local e um acompanhamento constante.
"A escola é, por excelência, o espaço da garantia da aprendizagem. Se o contexto social dos alunos não contribui, cabe a ela proporcionar as oportunidades necessárias."
Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva, secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC).
Por que derrubá-lo A ideia de que crianças das camadas mais pobres não avançam nos estudos é fruto de um déficit histórico do país com a Educação. Somente na década de 1990, o Brasil conseguiu ultrapassar a marca de 90% da população de 7 a 14 anos no Ensino Fundamental - hoje esse índice é de 97,6%. Isso possibilitou a inclusão na escola de milhares de crianças, cujos pais, em sua maioria, estiveram fora do sistema de ensino. Muitas chegaram - e ainda chegam - às salas de aula sem nunca ter tido acesso a livros, revistas e jornais, por exemplo. Esses, no entanto, não são motivos para que haja dificuldades na compreensão dos conteúdos. Se o país avançou na ampliação do acesso e estudar é um direito universal, cabe agora ao sistema oferecer um ensino de qualidade, garantindo a permanência de todos nas salas de aula. A solução é permitir que cada estudante avance do ponto em que está. Ao fim da Educação Básica, espera-se que todos tenham as mesmas oportunidades, independentemente de seu contexto econômico e social. Para que isso ocorra, vários fatores são essenciais: formação inicial e continuada de qualidade para a equipe escolar, infraestrutura, um currículo coerente com a realidade local e um acompanhamento constante.
"A escola é, por excelência, o espaço da garantia da aprendizagem. Se o contexto social dos alunos não contribui, cabe a ela proporcionar as oportunidades necessárias."
Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva, secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC).
- Educação se aprende em casa. Cabe à escola apenas ensinar os conteúdos
Por que é um mito A escola, além de dar conta do currículo das disciplinas, também é um espaço de socialização, em que se aprendem regras de convivência e o respeito às diferenças.
Por que derrubá-lo É papel da família, sem dúvida, orientar as crianças para que elas dominem algumas regras básicas de conduta. Essa tarefa, entretanto, não é apenas uma atribuição dos pais. A escola também é responsável por ensinar regras coletivas, que são valorizadas pela cultura da sociedade de que ela faz parte, e que nem sempre são seguidas em casa. É essencial para os estudantes ter outros adultos como referência, além da própria família. O professor, certamente, é um deles e, por isso, pode causar um impacto muito positivo na vida deles.
"Não é justo esperar que os pais, cuja maioria tem escolaridade menor que a dos filhos, ensinem a eles todas as habilidades e competências que precisam ser aprendidas ao longo da vida."
Patrícia Mota Guedes, pesquisadora da Fundação Itaú Social, em São Paulo.
- Conteúdo dado é conteúdo aprendido
Por que é um mito Ensino e aprendizagem são processos distintos. O professor ensina, propõe atividades e problemas, mas isso não significa que todos aprendam da mesma forma.
Por que derrubá-lo Dar conta de todo o programa é um desafio! Por outro lado, não adianta prosseguir com o cronograma se os alunos não estiverem entendendo. Seguir para o próximo assunto e ignorar aqueles que estão com dificuldade pode trazer impactos cada vez mais difíceis de superar. Quando necessário, é preciso voltar ao mesmo assunto com outras formas de abordagem.
"Não é possível culpabilizar o aluno pelo fracasso. Se o contexto social não é favorável, o investimento educacional precisa ser maior."
Telma Weisz, supervisiona o programa Ler e Escrever, da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo.
Por que derrubá-lo Dar conta de todo o programa é um desafio! Por outro lado, não adianta prosseguir com o cronograma se os alunos não estiverem entendendo. Seguir para o próximo assunto e ignorar aqueles que estão com dificuldade pode trazer impactos cada vez mais difíceis de superar. Quando necessário, é preciso voltar ao mesmo assunto com outras formas de abordagem.
"Não é possível culpabilizar o aluno pelo fracasso. Se o contexto social não é favorável, o investimento educacional precisa ser maior."
Telma Weisz, supervisiona o programa Ler e Escrever, da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo.
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